História da Dança de Rua –
As primeiras manifestações surgiram na época da grande crise econômica dos EUA,
em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés ficaram
desempregados e foram para as ruas fazer seus shows.
Estilo de Danças de Rua
Breaking, B-Boying – Foi desenvolvido pelos garotos do bairro do Bronx (NY)
entre 1975 e 1976 nas Block Parties (festas de rua) ao som dos ritmos latinos, soul, funk e
jazz. O fato curioso sobre o nascimento deste estilo, é que ele fora desenvolvido pelos
adolescentes da época, que por não conseguirem imitar corretamente seus irmãos mais
velhos e seus pais, que dançavam embalados pelo soul, acabaram criando um estilo mais
radical, composto por Top Rock, Footwork e Freeze. Breaking geralmente é dançado ao
som de Funk (original dos anos 70) ou senão das mixagens conhecidas como Break Beats.
B-Boy / B-Girl – termo criado pelo pai de todos os DJ’s, DJ Kool Herc, não por causa dos
movimentos robotizados, mas sim para se referir àqueles que dançavam na roda quando os
DJ's ficavam repetindo uma certa parte instrumental da música, que é o break da música,
daí surgiu o nome. O DJ brincava perguntando “Onde estão os B-Boys (Break-Boys) e BGirls
(Break-Girls)?”. Todos já sabiam que Kool Herc iria construir as batidas para o Grupo
de Elite de Dançarinos que participavam de suas festas. O nome pegou e hoje representa, de
modo genérico, o praticante de todos os estilos do Breaking. Mas que fique claro que BBoy
e B-Girl são aqueles que dançam o B-Boying, Breaking. Vale uma observação: B-Boy
também tinha outras duas interpretações: Beat Boy ou Bronx Boy.
Locking – criado por Don Campbellock no final dos anos 60, em Los Angeles.
Pode-se dizer que este estilo fora inventado acidentalmente pelo fato de Campbellock
nunca ter conseguido interpretar corretamente os passos do funk chicken (estilo
popularizado por James Brown em suas apresentações). É importante lembrar que o
dançarino de locking é denominado de locker.
Popping – criado por Boogaloo Sam, natural de Fresno (Califórnia). Num
sincronismo de braços e pernas o popping estiliza o pipocar de movimentos. Boogaloo Sam
também fora o criador do estilo boogaloo style em meados de 70. Vale ressaltar que o
dançarino de popping é identificado pelo nome Popper.
Up Rocking, Brooklyn Rock, Rockin – criado entre 1967 e 1969 pelos dançarinos
Rubber Band e Apache (idealizadores da Dynasty Rockers Crew), no bairro do Brooklyn
(NY). Este estilo consistia na simulação de uma luta (ataque e defesa) enquanto se dança e
seu objetivo é marcar, pegar o adversário desprevenido (burn) marcando assim pontos
como se de fato tivesse sido acertado algum golpe. Quase extinto no inicio dos anos 70,
alguns de seus passos reaparecem junto às coreografias dos B-Boys do bairro do Bronx
(NY). Cabe lembrar que o dançarino de Up Rocking era denominado de Rocker.
Breakdance... – Termo lançado erroneamente pela mídia quando esta dança teve seu
boom nos anos 80 nos EUA.
Dança de rua, criada na rua, crescida na rua. Seja Breaking, Up Rocking, Popping,
Locking ou outro nome que queiram dar, todos estes estilos são da rua!
É a expressão corporal dançante do Hip Hop. Surgiu em meados da década de 60, e
veio para dar um basta à violência praticada pelas gangues da época, pois os jovens
preocupados em se superar cada vez mais nos movimentos esqueciam dos problemas e da
violência originária das ruas, até que as richas entre as gangues passaram a ter um sentido
menos violento. Daí surgiu o “racha” entre as gangues (quem dançasse melhor sairia
vitorioso) que existe até hoje, só que de um jeito menos ofensivo, essa foi a idéia inicial.
A Dança de Rua vai muito além de uma forma de dança. É mais que tudo, um estilo
de vida para quem ama o Hip Hop, é atitude, é arte de rua.
Sempre rolou uma certa richa entre o povo de Nova York e o povo de Los Angeles
sobre quem criou o que, quem faz melhor do que quem e estas desavenças que existem em
qualquer lugar do planeta.
James Brown- o famoso Rei do Soul, está por todos os lados influenciando a Dança
de Rua. Estava na cabeça (e no corpo) dos nova iorquinos no surgimento do B-Boying no
Bronx. Brown criou do “Get on the Good Foot”, o "Good Foot" foi um dos primeiros
“freestyle dance” espontânea e elétrica, baseada em subidas e descidas, giros e chutes. Os
jovens de periferia pegaram o Good Foot e temperaram com a rua. É mais fácil descrever o
Good Foot, concordando com Michael Holman: imagine uma grande marcha em uma
parada, dando passos longos e altos, ficando com uma perna arrastada no chão e com os
quadris soltos para a batida, abaixando simultaneamente a outra perna.
Enquanto isso, na Costa Oeste, em cidades como Los Angeles e Fresno, o Popping e
o Locking estão por toda à parte fazendo milhares de jovens dançarem. E James Brown
estava lá, marcando presença mais uma vez. Boogaloo Sam disse que deu o nome de
Boogalooing para o estilo que criou por causa da música “Do The Boogaloo” (dec. 50).
Como os movimentos que Sam faziam eram muito estranhos, ele chamou de Boogalooing.
Os estilos surgidos na Califórnia, que são mais complexos e em maior número, possuem
uma dezena de gêneros irmãos que influenciaram e foram influenciados por eles:
Strutting, Hitting, Floating, Cutting, Wacking, Punking, Showcasing, Ticking,
Hustle, Animation, Voguing, Scarecrow, Puppet, Waving.
Costuma-se dizer que um B-Boy completo (porém básico), de acordo com os
dançarinos do meio da década de 70, é aquele que realiza sua apresentação em 3 partes
principais, sendo elas:
O Top Rock (originado no Bronx) é quando o B-Boy dança na vertical, em pé. Tem
hoje a função de apresentação, ao entrar na roda o B-Boy / B-Girl completo, nunca deixa de
apresentar o seu Top Rock, é o cartão de visitas apresentando o seu estilo, só depois ele
desce ao chão para executar o Footwork. Quem não apresenta o seu Top Rock e o seu
Footwork na roda não pode ser considerado um B-Boy / B-Girl completo.
O Footwork (conhecido como Sapateado) é o trabalho realizado pelos pés surgiu
quando os "boie-oie-oings" (como eram chamados os B-Boys no inicio) começaram a
movimentar o corpo circularmente com o apoio das mãos, fazendo tambem movimentos
mais arriscados como saltos no ar. O Footwork é a base do B-Boying. Após sua rotina, o
B-Boy sempre termina sua entrada com um Freeze.
O Freeze é um congelamento no qual o B-Boy tem o ápice de sua apresentação, os
bons freezes geralmente duram no mínimo dois segundos na posição escolhida, como já
disse a lenda Mr. Freeze (Rock Steady Crew) e quanto maior o grau de dificuldade de
execução, maior a sua qualidade.
Por fim, entram os Moves (movimentos). O giro de cabeça, os saltos, os moinhos de
vento, etc. São movimentos influenciados pela ginástica e ginástica olímpica com tempero
da Rua. Existe uma grande discussão mundial, sobre o valor real dos Moves. Não há dúvida
que um leigo em Breaking vai achar um Mortal “melhor” do que um Footwork. Porque o
mortal é mais difícil, é mais bonito. O que tem ocorrido é que a última geração de B-Boys e
B-Girls assistem as fitas de campeonatos e vêem muitos Moves. Na hora de ensaiar,
esquecem da base (Top Rock, Footwork e Freeze) e só ensaiam saltos. Não é
conservadorismo acreditar que um bom B-Boy / B-Girl é aquele que é completo, ou pelo
menos se esforça para isso.
Alguns acham que a força dos movimentos tem um grande impacto e muita energia,
basta mostrar seu jeito individual e original nos movimentos que faz. Além disso, a força
dos movimentos, realmente, não se faz com a batida e sim no modo como se gira. Por esta
razão se sugere que os Footworks fossem enfatizados, como o Breaking dos anos 90 e os
Moves também podem ser incorporados, desde que o sejam feitos como dança, ou
harmonicamente incorporados a ela.
Resumindo, pode-se dizer que Nova York é ritual, combate, força; Los Angeles é
Funk, é estética, é corpo.
A televisão influenciou muitas pessoas no início da década de 70 com programas
como The Big Show, What’s Happening e o Soul Train, (neste último, havia dois Lockers,
Jeffrey Daniel e Shalamar) que faziam parte do elenco fixo junto com o lendário grupo
L.A. Lockers. Pode-se até afirmar que jovens de Nova York foram influenciados por jovens
de Los Angeles, engraçado não?
Do outro lado do país Kool Herc fazia festas com um carro equipado de dois tocadiscos
e um mixer, os chamados Boom Boxers e levava também dois dançarinos
conhecidos como The Nigga Twins, que no futuro também seriam chamados de B-Boys,
pois também dançavam na quebrada da música misturando Dança de Rua com outros
estilos.
Os fundadores em Nova York não podem ser esquecidos (The Nigga Twins; El
Dorado; Sasa; Mr. Rock). A primeira geração de equipes quase nunca é citada, pois a
maioria dos B-Boys e B-Girls acham que o B-Boying começou com a Rock Steady Crew, o
que não é verdade. O porto-riquenho Trac 2, lendário membro da equipe Starchild La Rock
conta que já havia gente dançando pelas calçadas do Bronx onde estavam a maioria das
equipes e que foram os latinos que mantiveram a chama acesa, pois a maioria dos negros
viam o B-Boying / Breaking como uma moda e abandonavam a dança logo. Cito algumas
equipes desta época e membros de destaque que suavam ouvindo “Apache” e “It’s Just
Begun”:
Salsoul Crew (Vinnie e Off); TBB; Zulu Kings (Beaver e Robbie-rob); Rockwell
Association (B-Girl Mama Maribel); Floor Lords (Manhattan); Floor Masters (Manhattan);
Starchild La Rock (Trac 2, Bos); B-Boys in Action; Yoke City Mob; Young City Boys
(Freeze, Ken Swift); Crazy Comanders Crew (Spy e Shorty); KC Crew; Master Plan.
Não podemos deixar de citar a Guettoriginal Company Dance formada por
importantes gangues como: Magnificent Force, Rhythm Technicians e Rock Steady Crew,
que juntos fizeram um vocabulário para os movimentos e criaram o Jam on the Groove que
se destacou e invadiram o espaço de outras danças recebendo convites para apresentações
no Central Park em NY, em Viena, Paris, em Tókio e muitas outras apresentações pelo
mundo.
A popularidade dos filmes de Kung Fu durante os meados dos anos 70,
especialmente na cidade de NY deu um grande impacto no estilo B-Boying. Um grande
número de movimentos das artes marciais incorporou-se junto ao B-Boying, que também
sofreu influencia das danças nativas da África e dos EUA e da Capoeira brasileira. São
mais combativos e ritualísticos. O próprio Up Rock (Brooklyn Rock) consiste em
movimentos de ataque e defesa, representando socos, machadadas, marteladas dentro de
uma estrutura de 4 tempos.
A maior rivalidade de crews durante aquele período, foram entre o Salsoul (esta
crew muda seu nome mais tarde para DiscoKids) e The Zulu Kings assim como entre
Starchild La Rock e Rockwell Association. Naquele tempo os movimentos eram somente
Freezes, Footworks e Toprocks. Não havia giros! Rachas históricos foram travados entre
estas equipes.
Como a tradição de batalha de dança já esteve bem estabelecida naquele tempo e
como incorporado dentro da cultura Hip Hop ("lute com criatividade, não com armas"), isto
ficou mais e mais uma dança que envolvida ao B-Boy usando sua imaginação para executar
o sapateados com os pés, arrastos e outros movimentos de batalha. A meta principal em
uma Batalha de Breaking foi bater o "adversário" por existência da mais criativa com
passos e Freezes e por melhor e mais rápido movimento.
Existe um conceito errado proposto pela grande mídia que diz que o Breaking era
usado pelas gangues, que dançavam ao invés de brigarem, no entanto, isto está
completamente longe de ser verdade, pois os rachas (battles) de Breaking também eram
grandes criadores de tumultos e muito naturalmente aconteciam várias brigas por causa
dessas batalhas de B-Boys.
Com o tempo, as lendárias batalhas ou "rachas" evoluíram para um estágio de
desenvolvimento de conceitos diversos, que iam desde a compreensão dos difíceis passos
da dança, até programas de recuperação de jovens viciados ou que viviam nas ruas.
Apesar de ter nascido em uma comunidade Negra, foram os porto-riquenhos que
deram vida ao Breaking. Foram eles que introduziram o uso de acrobacias e movimentos de
ginástica olímpica, além de inventarem dezenas de novos passos.
B-Boys como Crazy Legs
do Rock Steady Crew foram influenciados por dois desses porto-riquenhos, Jimmy Lee e
Joe Joe.
E as minas? Asia One, Roc-A-Fella, Dandy, Lady Rock, Baby Love, Lady Doze,
China, Lisette são as B-Girls que formaram a primeira geração. O tempo passa e muitos BBoys
e B-Girls param, casam, vão para a faculdade e uma nova geração surge. É nos anos
80 que o B-Boying se transforma em Breakdance (rótulo midiático). O aparecimento de
equipes como Floor Masters, Rock Steady Crew, Dynamic Rockers, Magnificent Force e
The Brooklyn Dinasty entre outras transformaram positivamente e negativamente o cenário
do Hip Hop.
Cito alguns deles: Pontos positivos: A realização de filmes tornou o Breaking popular. Em 1981 a
ABC News mostraram uma performance da Rock Steady Crew no Lincoln Center. Então
em 1982 uma batalha entre Rock Steady Crew e Dynamic Rockers foi registrado ao
filme/documentário “Style Wars" que esteve mais tarde também nacionalmente no PBS. No
mesmo ano o "Roxy" outrora conhecido como um Rollerskate Disco foi reaberto como um
Hip Hop Clube. Em 1983 o filme "Flashdance", embora não fosse um filme de Breaking, as
cenas curtas onde apareciam B-Boys dançando causaram grande impacto, suficiente para
inspirar as pessoas a começar a fazer B-Boying por todo o mundo, surgiu nos cinemas e o
clipe de vídeo de Malcolm McLarens "Buffalo Gals" foi mostrado em TV. A Rock Steady
Crew foi destacada em ambas produções e eles foram visto por toda a parte o mundo por
causa do sucesso deste filme e desta canção. Que foi a liberação à explosão de mídia na
maioria de países ao redor do mundo. Para todos o Breaking foi alguma coisa nova, alguma
coisa que nunca tinha sido vista antes, alguma coisa que é realmente espetacular e
fascinante. Ainda no mesmo ano o filme "Wild Style" apareceu e para promover ele o
"Wild Style" - teve uma excursão, que foi a primeira excursão internacional destacando a
cultura Hip Hop. O MC’s, DJ’s, Graffiti Writers e B-Boys foram até Londres e Paris e isto
foi o primeiro tempo que o Breaking podia ser visto "ao vivo" na Europa.
Em 1984 o filme "Beat Street" saiu e destacava a famosa cena da batalha entre o
Rock Steady Crew e o New York City Breakers e nas cerimônias de fechamento dos Jogos
de Verão das Olimpiadas de L.A. mais de cem B-Boys e B-Girls fizeram uma performance.
Ainda no mesmo ano o "Swatch Watch NYC Fresh Tour" surgiu no filme "Breakin" foi
lançado e um ano mais tarde em 1985 também "Breakin 2: Eletric Boogaloo". Ambos
sendo filmado numa boate chamada "Radio" (mais tarde "Radiotron") em LA. Breaking se
tornou mais e mais uma tendência, e B-Boys apareciam em comerciais (para leite, Right
Guard, Burger King...) e espetáculos de TV (Fame, That's Incredible!, David Letterman,...).
B-Boys foram até mesmo honrados convidados do príncipe de Bahrain e de Rainha
Elizabeth.
Em 1985 também houve o lançamento de “Electro Rock” - um vídeo que foi
filmado em uma festa na Hippodome em Londres e que mostra o UK Hip Hop (com os
convidados do USA).
Em 1986 a UK FRESH pegou lugar na Arena de Wembley (Londres) que foi um
dos eventos mais histórico para a maioria dos B-Boys daquele tempo. Em 1987 para a
maioria das pessoas e particularmente pela mídia "Breakdance" foi descartado. Unicamente
muitos B-Boys pouco lembravam em praticar e dançar seriamente, não unicamente na
Nova Iorque mas no mundo inteiro.
A transmissão via TV transformou o Breaking em sensação das ruas e festas de Los
Angeles.
Filmes como esses estabeleceram um marco na história da Dança de Rua,
mostrando uma cultura de rua que abria novos horizontes nas vidas das pessoas,
principalmente aquelas que viam a rua apenas como o ambiente de um submundo criminal,
um antro de perigos.
Nesses filmes as pessoas tinham a oportunidade de formar um paralelo de escolha
entre o bem e o mal, partindo de um ponto de vista real. Como se viu em Beat Street e
Krush Groove era possível deixar a violência e o crime sem deixar as ruas; era possível ser
alguém, tornar-se um artista expressando experiências próprias e mostrar a arte sem ter que
se transformar num "Personagem", assim como surgia a chance de desenvolver uma cultura
que não necessita de retoques ou ajustes para se tornar "comercialmente viável".
Não era preciso ter dinheiro ou influência, mas sim, amor à arte e vontade, muita
vontade. Um dos aspectos mais positivos do Breaking é justamente a rotina de treinamento,
que praticamente obriga a deixar todos os vícios, dormir bem, alimentar-se ainda melhor,
ou seja, ter saúde. Por todos esses motivos, os meios de comunicação de todo o mundo
voltam a dar evidência ao Breaking, e começa a ser comum ver nomes como o de Crazy
Legs e Peewee (Rock Steady Crew), os N.Y.City Breakers, fazendo parte das notícias; nas
ruas toda a linha de vestuário street remete aos áureos tempos do Breaking (tênis Adidas,
Puma, Converse, Agasalhos, etc.); grupos de Rap em evidência vêm colocando B-Boys em
show e videoclipes (Lords of the Underground, The Coup, Fugees), artistas como Busy
Bee, Cold Crush Brothers, Treacherous Three, Fearless Four, Kurtis Blow, Afrika
Bambaataa, e muitos outros estão gravando novos discos, Graffiti Writers fazem mostras do
nível de pintores clássicos em galerias e espaços culturais.
Pontos negativos: Jovens que apenas queriam se expressar pela dança foram
explorados por indústrias fonográficas (exemplo da Rock Steady Crew); A dança sofreu
grande saturação devido a sua má utilização em comerciais e programas de TV. Gente sem
o mínimo conhecimento do que é Hip Hop faturando alto; os filmes feitos por Hollywood
nem sempre tinham B-boys de verdade, eram atores se fazendo de B-Boys e B-Girls. Gente
que representava foi omitida e no lugar, colocavam pessoas que ninguém nunca mais ouviu
falar.
Apesar de um período de baixa em 1988/1989, quando a mídia parou de mostrar
Breaking na TV, muitas pessoas acharam que o B-Boying estava acabando. Alguns B-Boys
pararam de dançar por influência da mídia. A mídia maltratou o B-Boying
No fim do túnel sempre há uma luz. E foi assim que Mr. Wiggles, um dos
precursores do Popping / Locking em Nova York, chamou Ken Swift e alguns membros da
Rock Steady Crew para montarem um musical chamado “So What Happens Now?”. Este
musical falava sobre a vida de B-Boys e B-Girls após as luzes do sucesso terem se apagado.
Um novo caminho se abriu para a Rock Steady, Wiggles, Fabel e os demais envolvidos
neste espetáculo.
Hoje em dia, devido ao grande sucesso do Hip Hop, o movimento está mais forte do
que nunca, com grandes eventos são organizados todo ano e muitos B-Boys de todos os
lugares do mundo se juntam a fim de preservar a cultura viva e progredir ainda mais com o
B-Boying.
Magnificent Force, Rythm Technicians e Rock Steady Crew se juntaram para
formar o super projeto Getthoriginal. Totalmente dirigido, coreografado e produzido pelos
integrantes, e com patrocínio da grife Calvin Klein, o projeto viajou o mundo, passando
pelo Brasil em 1996 (Carlton Dance Festival).
Outras equipes que fazem parte da segunda geração são: Sure Shot Boys (formada
por porto-riquenhos); Floor Masters (alguns saíram para formar a New York City
Breakers); United States Breakers; New York City Breakers; Fantastic Duo Breakers;
Negril; Rhythm Technicians; The Incredible Breakers; Full Circle; Mop-Top Crew entre
outras.
Enquanto isto, na costa Leste, o intercâmbio entre os estilos aumentava e enriquecia
a todos. Rockers de Costa Oeste conheciam Poppers da Costa Leste. Nova York aprendia
sobre Popping / Locking e Los Angeles aprendia sobre Breaking / Up Rocking. No final de
1980, duas pessoas seriam os principais influenciadores de Mr Wiggles e Fabel, outros dois
mitos do Popping / Locking de Nova York (Nova York chama de Boogie, enquanto Los
Angeles chama de Boogalooing).
Loc-A-Tron John (Carolina do Norte) e Loose Bruce (San Diego) trouxeram de fora
seus estilos de dançar. Wiggles e Fabel foram misturando o que viam na TV, com o que a
vizinhança os ensinava, e mais o contato com John e Bruce, foram formando seus estilos
próprios. A primeira equipe de Eletric Boogie formada pelos dois foi a Eletrickompany
Dancers. Eles nem imaginavam, nesta época, que iriam fazer parte de equipes como Rock
Steady e Magnificent Force.
Mas foi o encontro com Sugar Pop, durante um show de Lionel Ritchie em Nova
York, que definitivamente abriu suas mentes, Sugar mostrou a eles os detalhes do Popping
e do Locking, contou-lhes a origem e os nomes corretos dos movimentos do que eles
chamavam de Eletric Boogie. E também apresentou a nata de Los Angeles: Poppin’ Taco,
Shabadoo, Boogaloo Shrimp estavam lá. Os nova-iorquinos aprendendo Popping / Locking
e os californianos Breaking / Up Rocking. O rapper Kool Keith (conhecido como Activity
na época), Supreme, The Shack Crew, Muhammed, Snap Shot, Fortune, Fame, Check, Lil’
Sput, Short Circuit, Kippy Dee são alguns dos pioneiros do Boogie / Locking em Nova
York e devem ser lembrados.
A cena em Los Angeles era muito intensa, com vários concursos de dança, espaços
para apresentações e até participação e influência em videoclipes como o de Lionel Richie
“All Night Long” e “Once in a Liftime” do grupo Talking Heads.
Os fundadores são os Eletric Boogaloo, seguidos pelos L.A. Rockers, Blue City
Strutters (depois formaram o grupo de rap-metal Boo-Yaa T.R.I.B.E.) e Funky Bunch. Os
Eletric Boogaloos foram contratados na década de 80 pelo astro pop Michael Jackson para
coreografá-lo nos shows de sua turnê e em vídeos. Só para deixar registrado que na maioria
das vezes é Michael Jackson que aprende com o Hip Hop e não o oposto. Por exemplo,
foram os irmãos Hekyll and Jekyll que criaram o Moonwalk, uma das marcas registradas da
dança de Michael.
Sugar Pop, Poppin Taco, Shabadoo, Boogaloo Sam, Pop´n Pete, Boogaloo Shrimp,
Jojo, Lollipop e Puppet são algumas das lendas do Popping / Locking / Boogalooing.
O Breaking se espalhou por todo o mundo e hoje está nos cinco continentes.
Vários dos movimentos usados por B-Boys têm nome e criador, portanto é importantíssimo
que respeitemos seus criadores bem como suas origens, pois da mesma maneira que os
golpes de Capoeira têm seus nomes mantidos em português no exterior, devemos também
manter os nomes corretos dos movimentos que fazemos da maneira em que eles foram
originalmente criados, seria justo, no entanto, que algumas traduções e não modificações
sejam aceitas, como por exemplo, o movimento “Windmill” que no Brasil é conhecido
como Moinho de Vento.
ESTILOS DE MOVIMENTOS DO BREAKING.
ESTILOS VERTICAIS: (Top Rock)
Indian Step ou Top Rock Basico: É aquele passo comum que todo B-Boy faz de Top
Rock com um passo para cada lado marcando a batida mais forte.
Charlie Rock: Estilo inspirado em Charleston, mas adaptado a parecer Funkeado pelos
B-Boys e Rockers.
Latin Rock: Um estilo feito por latinos com um toque de Salsa.
Python Style (estilo Jibóia): Estilo criado por Ken Swift que imitava os movimentos de
um filme de Kung Fu.
Truck (caminhão): É um estilo criado nos anos 70 e ensinado a Rock Steady Crew por um
famoso MS do Cold Crush 4 chamado “Almighty K Gee”. Esse Top Rock envolve
movimentos que parecem como se estivéssemos dirigindo um caminhão enquanto fazemos
o Top Rock com movimentos de um lado para o outro e dando a impressão de um pulo
prolongado.
Boyoing (Top Rock): É um estilo “impostor” de Top Rock.
Peace (PAZ) e Power Freeze: Sim! Top Rockers também possuem freezes. Esse freeze é
feito com uma mão no chão e as pernas extendidas e separadas ou com os joelhos
levemente flexionados e a outra mão fazendo ou um sinal de paz, ou um sinal de força com
os punhos cerrados. Você deve “embaralhar” os pés causando uma ilusão de arraste dos
pés.
Jerks (Brooklyn style): Rotações das mãos enquanto se dança com os pés e jogadas
(sacudidas) de corpo. Feito durante as transições de uma música pra outra.
Sleepers (Brooklyn Style): Feito de maneira similar ao Baby Freeze, cruzando, chutando e
trançando as pernas durante os movimentos.
FOOTWORK.
CC Long: Atualmente conhecido como 6 step (six step), que é um nome que a Rock
Steady Crew atribuiu a esse estilo de Footwork que leva 6 passos pra completar uma volta.
4 STEP (four step): Footwork que leva 4 passos pra completar um volta.
Boyoing Um estilo “impostor” de Footwork feito pelos B-Boys do meio da década de 70. É
mais feito por Frosty Freeze da Rock Steady Crew.
ELBO Rock: Footwork usando os cotovelos ao invés das mãos.
The Russian (o russo): Estilo de footwork baseado na dança russa que se dança agachado
chutando o ar, mas aqui ele é feito com um movimento de um lado para o outro e com as
mãos tocando o solo entre cada oscilação. È mais feito por Ken Swift, Wicket, Flo Master,
Crazy Legs.
Knee Rock: Estilo de footwork do final dos anos 70 que usa os joelhos ao invés dos pés
como forma de enfeite (especialmente o 6 step e o 4 step).
3 Step Baby Swipe: Estilo de footwork feito em 3 passos, porém com cada um deles
marcados de maneira forte, como um corte, uma pancada. Criado entre o fim da década de
70 e o começo da década de 80. Feito mais por Ken Swift (seria o footwork rock steady).
Double Leg Kicks: Footwork feito imitando o movimento de Sammy Davi JR que no meio
de seu estilo de footwork chutava o ar, pra cima com as duas pernas simultaneamente
enquanto trocava de uma mão para a outra (chutar as duas pernas e ficar com uma mão no
chão).
Spyder Style: (Não deve ser confundido com o movimento no qual se traz as duas pernas
por cima dos ombros). O estilo Spyder (aranha) era feito no fim dos anos 70. É um estilo no
qual você fica em 4 apoios com o corpo de frente para o solo e faz-se um movimento que
dá um “efeito de aranha”(usualmente feito como um estilo de transição entre dois estilos
diferentes de footwork). Mais feito por Mr Wiggles, B-Boy Steve(LV), Floor Rock.
Cork Spin: O cork Spin (giro rolha) é um movimento feito em parafuso para cima durante
o footwork.
Sweep Swipes: Footwork feito fazendo golpes como se estivéssemos varrendo, criado por
Icey Ice.
Criss Cross Shuffle (pisoteio cruzado Criss): Feito como um famoso movimento vertical
Disco, onde você está fazendo um CC Long e depois continuando a rotação do footwork
você “criss cross” seus pés… feito por Baby Love (no filme Beat Street).
Front Sweep Back Sweep: Inovado por POW WOW do Soul sonic Force, combinando um
“front sweep” (pisoteio de frente) de um só pé com o outro pé “marcando” o solo durante o
footwork.
Back Rock: Estilo de Footwork feito com as costas.
Power Footwork: Estilo criado por Icey Ice no começo dos anos 80 que pega o Footwork
básico (CC Style) e lhe dá uma impressão de poder para preparação de um Power Move.
Traveling Footwork: Um estilo que viaja, se desloca, sobre o solo sobre os braços e as
pernas (4 apoios) com o corpo virado pra cima dando o efeito de um caranguejo, siri, ou
seja, indo para o lado rastejando primeiro com as pernas e depois com as mãos.
Spyderman Footwork (footwork homem aranha): Estilo criado por Mr Wiggles e
inspirado numa cominação de Crazy Legs. Ele involve o movimento de uma aranha (não o
estilo) colocar suas mãos abaixo de suas pernas e por dentro enquanto se faz o footwork
dando o efeito de um Looping Style.
FREEZES:
Baby Freeze (original): Caindo no solo de lado chutando o dedão ou dando birra.
Baby Freeze: Pressão balançando sobre as mãos com uma perna no joelho da outra (às
vezes feito com ambas às pernas abrindo e fechando como tesouras).
Chair Freeze: O Chair freeze é similar ao Baby freeze, mas no Chair freeze a perna de trás
(baixo) toca o solo e a outra perna fica cruzada as parte superior da perna de trás.
Hollow Back: (conhecido como escorpião no Brasil, ponte sem tocar o solo) Introduzido
no B-Boying por Kid freeze, e aperfeiçoado por Kid Float no começo dos anos 80. É uma
parada de mão com seus pés caindo pra trás até quase tocar o solo.
Air Baby: É a posição do Baby freeze, mas balançando sobre as mãos como numa parada
de mão, mas com um dos cotovelos no joelho (e algumas vezes em uma só mão) era
chamado de “dady bear”.
Ninja Freeze: È um freeze que vem de um movimento de rápida torção, que aterrissa em
uma posição de Ninja. Quem freqüentemente faz esse freeze é Icey Ice, Next One.
Plank Freeze: É um Baby freeze, só que com as pernas extendidas (criado por Ken Swift).
Hi Plank: É um freeze de parada de mão feita somente com uma mão, e com a outra mão
na testa ou qualquer outro lugar (inspirado no Plank freeze… criado por Flo Máster e Quick
Step).
One Hank Crutch / Flo Freeze: Inspirado no famoso freeze de capoeira (queda de rins),
difere pelos movimentos de tesoura e pelo fato do joelho tocar o cotovelo devendo ficar
estático por 2 segundos.
ESTILOS:
Foundation (bases) Inicio dos anos 70: Esse original estilo de B-Boying não é muito
parecido com o que fazemos atualmente. Esse estilo ainda permanece nas nossas gerações,
mesmo tendo sido criado pela geração de B-Boys do inicio dos anos 70. No início dos anos
70 a base: Top Rock, Footwork e Freezes não eram o que se considerava B-Boying. Quem
mais fazia era The Nigga Twins, DST.
Foundation (bases) Meio da década de 70:O que conhecemos como B-Boying hoje foi
criado por essa geração, Rock Steady crew foi uma dos últimos grupos a manter esse estilo
na sua mais pura forma.
TEXT (texto): Estilo de B-Boying que envolve juntar muitos pequenos movimentos e
footwork pra criar uma grande combinação (criada por Ken Swift, mas inspirado nos
B-Boys que ele cresceu assistindo como SPY e GREGO).
Abstract (abstrato): Versão não ortodoxa do estilo TEXT com a adoção dos Power Move
(criada por Remind). Mais visto em B-Boys como Remind, Crumbs, Vietnam etc…
Power / Gimnastic: Esse estilo foi originalmente feito como dança, utilizando tipos de
movimentos de ginástica fundidos com Breakin. Porém feitos como dança e não como
esporte cheio de tricks (brincadeiras, zuação, etc). Qualquer coisa que precise de força é
incluída no estilo “power” (criado por B-Boys como Track 2, Icey Ice, german, Float, Kid
Freeze). Observamos esse estilo em B-Boys como Wicket, Ivan, Iron Monkey.
Threads: Estilo que imita a passagem da linha no buraco de uma agulha, porém feito com
as partes do corpo (inovado por Mr Wiggles no começo da década de 80). Tem-se nomes
como Gizmo, Vengeance, Crumbs.
ALGUNS SPIN MOVES
Spin Move é todo movimento de “giro”, todo movimento giratório que um B-Boy
faz. Confundido com o Power Move, esse movimento giratório deve ser executado de
maneira correta, ou seja, dançada de acordo com os fundamentos da dança. Os Power
Moves são movimentos de grande impacto e não de giro continuo como os spins.
NOMES DE ALGUNS SPIN MOVES:
Handglide: Deslizamento lateral, è um Baby Freeze mas girando sobre a mão.
* Crickets: É o mesmo que o Handglide mas você deve saltar quando faz o Cricket, é
conhecida como “picada ou tartagura”.
* Jackhammers: É o mesmo que o Cricket mas com uma só mão. É conhecida como
“picada com uma mão”.
* Sideglide: (deslizamento lateral) é o mesmo que o Handglide mas agora, ao invés do seu
cotovelo estar no seu abdômen, ele esta na lateral do seu corpo e seu corpo todo gira na
lateral e não com o peito voltado para o chão como antes.
* Elbowglide: (deslizamento com o cotovelo) o mesmo que o Handglide mas agora sua
mão esta no abdômen e seu cotovelo esta no chão. Você gira sobre o cotovelo agora e não
sobre a mão.
* Fistglide: (deslizamento com o punho) agora você gira mas com o punho e não com a
palma da mão.
* Headglide: (deslizamento com a cabeça) o mesmo que o Handglide mas agora você não
esta mais com seu corpo na horizontal, seu corpo agora esta inclinado e sua cabeça esta
raspando mesmo no chão, é um movimento com mais dificuldade pois é preciso encontrar
seu ponto de equilíbrio deixando sua base ( mão) mais próxima na cabeça.
* Donut: O mesmo que o Headglide mas agora sim seu corpo esta mesmo na vertical e não
inclinado como antes.
Back Spin: Giro de costas.
Wind Mills: Moinho de vento.
* Genies – moinho de vento com os braços atravessados no tórax.
* Nutcrackers – moinho com as mãos no “saco” (americano).
* Airplanes – moinho com seu braço direito esticado para fora e para o lado tão alto quanto
você puder.
* Barrels – moinho com os braços arredondados na sua frente (como se estivesse
carregando um barril). Normalmente usa-se a testa como apoio para executar o Barrels.
* Sumos – moinho agarrando os joelhos.
* Supermans – moinho com o tórax, onde os braços ficam para a frente ou para o lado
(moinho de peito).
* Eggbeaters – moinho com as mãos no quadril.
* Confusions – moinho com a mão na orelha e o cotovelo ao lado no chão. (Vietnã faz com
um cotovelo).
* Body Glides – mesmo que Superman.
* Baby Wind Mills – moinho com as pernas encolhidas e cruzadas nos tornozelos sem o
uso das mãos.
* Coffins – mesma coisa que o Baby Wind Mills mas sem cruzar as pernas nos tornozelos.
São apenas as pernas encolhidas.
* Tombstones – moinho com as pernas fechadas e em formato de “L” sem o uso das mãos
(bastante feito por “Bampy” – Suicidal Life Style), esse movimento foi criado por Babak, o
flying monkey.
* Camnomballs – moinho com formato de uma bala de canhão com os braços abraçando
os joelhos, como se fosse pular numa piscina.
* Eggbeater Babies – moinho baby com a mão no quadril, inventado por Inferno.
* Double Wind Mills – enquanto faz o moinho sem as mãos, levante suas costas e faça
uma volta inteira com a cabeça (mistura de moinho com halos).
* Body Flairs – superman saltando / Body Glide.
Swips: Conhecido como “rotor” no Brasil. Seu corpo roda no ar através de um chute e uma
porção do corpo sobre o apoio de uma mão.
Head Spin: Giro de cabeça.
Flare: movimento giratório com as pernas abertas igual da ginástica olímpica “cavalo de
pau”.
Knee Spin: Giro de joelho. Você apóia seu peso em um joelho ao chão e gira com sua
outra perna esticada para a lateral.
ALGUNS MOVIMENTOS E SEUS CRIADORES
1 – Head Spin (Giro de Cabeça) - Uma volta... “SWANE” do grupo ZULU KINGS foi o
primeiro a usar o giro de cabeça no estilo B-Boying.
2 – Chair Freezes – este freeze foi inventado por “ROB” também do ZULU KINGS.
3 – CC Long Footwork (6 step ) – esse footwork realizado em seis passos foi inventado
por “SPY” do grupo Crazy Comanders.
4 – 4 step – O footwork “Four Step” (quatro passos) também foi inventado por “SPY” do
Crazy Comanders.
5 – Swipe (corte) – Inventado por “SPY” do Crazy Comanders.
6 – Baby Bridges (ponte) – Primeiramente usado no B-Boying por Spy do Crazy
Comanders.
7 – Chair Freezes – feitos de um lado para o outro – feito primeiramente por “BOS” e
“SPY”.
8 – Track (Floor) – conhecida como “Hélice” no Brasil, foi criado por “TRACK 2”.
9– Primeira versão do Back Spin (Giro de Costas) - criado por “JOJO”.
10 – Segunda inovação do Back Spin (Giro de Costas) – “Mongo”.
11 – Terceira inovação do Back Spin (Giro de Costas) – “CRAZY LEGS” da Rock
Steady Crew.
12 – Melhor B-Boy pra montagem de combinações e combos – “MONGO”.
13 – Primeira versão do Giro de Mão (chamado 1990’s ou nineties nos EUA) –
“TRACK 2” foi o primeiro a usar uma pirueta em quanto fazia a parada de mão enquanto
dançava B-Boying.
14- Segunda Versão do Giro de Mão (1990’s ou nineties nos EUA) – “Crazy Legs da
Rock Steady Crew” fez esse giro com uma rotatividade muito grande, ou seja girando
muito (Spinning).
15 – Hand Glide (escorregão de mão) – primeiramente feito por “Weeble Rock”.
16- Windmills ou Contínuos (conhecido como MOINHO DE VENTO no Brasil) – Foi
criado por “CRAZY LEGS” enquanto fazia um Backspin (giro de costas) e começou a
desenvolvê-lo a partir daí.
17 – Tap Head Spin (Giro de Cabeça Contínuo) – criado por “KID FREEZE”.
18 – Air Tracks – conhecido no Brasil como LOKO, Criado por “KID FREEZE”, é a
Hélice (track), mas sem tocar os pés no chão.
19 – Halos – no Brasil é conhecido como “Pião Japonês”, também criado por KID
FREEZE, parece uma mistura entre o LOKO e o Giro de Cabeça.
20- Ninja Freeze – criado por “ICEY ICE” do Dinamic Force, Magic Force e NYC
Breakers, é um freeze feito ao sair do moinho, fazendo-se um movimento aéreo e
aterrissando na pose de Ninja.
21 – Head Glides - criado por “ICEY ICE” e ou “WAVY LEGS do Dynamic Rockers”, o
Head Glide é um escorregão de cabeça, feito com as pernas pra cima parecendo um
compasso, difere do giro de cabeça pelo fato de as pernas ficarem abertas no head glide e
fechadas no head spin.
22- Axle (também conhecido como Star Track ou Air Flare) – acredita-se que o
primeiro a usar este movimento na Dança B-Boying foi “FREDDIE FRESH” no começo da
década de 80.
23 – Plank Freeze – é um freeze inventado por “KEN SWIFT” da Rock Steady Crew.
24 – Spyderman Footwork – é o chamado footwork “Homem Aranha” criado por Mr.
Wiggles da Rock Steady crew e atualmente membro do Electric Boogaloos.
25 – Air Baby – Freeze inventado por Ken Swift da RSC.
26 – Swirl (redemoinho) – inventado por Sir Swift, É um giro com os dois cotovelos.
27 – Transição do Moinho de vento (Continuous ou windmill) para o Giro de mão
(1900’s) – o primeiro a mudar do moinho para o giro de mão foi “B-BOY GERMAN” do
Bronx em Nova York.
28 – Wrist 90’s – é a parada de mão com uma mão só com a parte de trás da mão (o pulso).
Mas sem girar, Ken Swift criou esse conceito.
29 – Wrist 90’s girando – “BOY GERMAN” foi o primeiro a fazer o giro de mão com o
pulso (parte de trás da mão).
30 – Primeiro B-Boy a incorporar Flares no B-Boying – B-BOY GERMAN.
31 – Elbo Slide - é um escorregão (slide) com o cotovelo, criado por Ken Swift.
32 – Double Leg Sweeps – conhecido como “Esquadro” no Brasil, usado primeiramente
por POW WOW do Soul Sonic Force.
33 – Elbo Spin – giro de cotovelo, criado por Kid Freeze.
34 – Bouncin CE CE’s – criado por Ken Swift e Mr Wiggles.